segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Acessibilidade em Vias Públicas - TCC 2013

COLÉGIO ESTADUAL POLIVALENTE - ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL






TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES





ACESSIBILIDADE EM VIAS PÚBLICAS 
PAULO MLYNARCZURK






PONTA GROSSA

2013

PAULO MLYNARCZURK





ACESSIBILIDADE EM VIAS PÚBLICAS 









Trabalho   apresentado    como   exigência   para
obtenção do grau  de  Tecnologia em TÉCNICO
 EM EDIFICAÇÕES do COLÉGIO ESTADUAL
 POLIVALENTE - ENSINO FUNDAMENTAL,
 MÉDIO E PROFISSIONAL.                            
Orientador: Prof: Luis Banaczek                        





PONTA GROSSA
2013


Dedico este trabalho a minha família, 
que tanto apoio me deu durante o curso.


AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu saúde e condições para concluir o curso. Agradeço a minha esposa e família pela atenção dispensada durante o período do curso. Agradeço aos professores pela dedicação e atenção dispensada durante o curso. Agradeço aos colegas de curso que sempre estiveram unidos em direção ao foco principal.





"nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas 
nos impossibilitassem de reconhecer suas habilidades”
(Hallahan, e Kauffman)

RESUMO


Com um grande numero de edificações e cidades sendo elaborados com planejamento e projeto piloto, com melhorias, rotas de avenidas e anéis de integração, contornos visando um futuro bem próximo, com um crescente aumento da população não poderíamos deixar de observar o item sobre acessibilidade; entre tantos projetos de imóveis as vias públicas precisam ser adaptadas e acessíveis para indivíduos que apresentem qualquer tipo de deficiência física, motora e locomoção.
Desta maneira procuramos demonstrar através do trabalho a importância da acessibilidade, todos têm direito ao acesso de construções privadas e públicas, ao transporte, livre de obstáculos.

Palavras - chave: NBR, acessibilidade, acesso, vias acessíveis, piso tátil, faixa de pedestres.


LISTA DE FIGURAS

  1. Figura 1 - poste no meio da calçada................................. 14
  2. Figura 2 - Calçada irregular............................................. 15
  3. Figura 3 - Calçada adequada........................................... 15
  4. Figura 4 - Rampa de acesso............................................ 17
  5. Figura 5 - Rampa não adaptada...................................... 17
  6. Figura 6 - piso alerta....................................................... 18
  7. Figura 7 - faixa de pedestre adequada............................ 19
  8. Figura 8 - piso direcional................................................. 20
  9. Figura 9 - Faixa de pedestre adaptada............................ 21
  10. Figura 10 - Faixa de pedestre inadequada....................... 22

SUMÁRIO

1.2 JUSTIFICATIVA................................................................... 8
1.3 OBJETIVO........................................................................... 9
1.3.2 ESPECÍFICO................................................................... 10
1.3.1 GERAL........................................................................... 11
2 .FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................. 12
2.1 NORMA 9050.................................................................... 13
2.2 CALÇADAS....................................................................... 13
2.3 RAMPAS DE ACESSO...................................................... 16
2.5.2 Piso Alerta...................................................................... 18
2.4.2 Faixa de travessia de pedestres..................................... 18
2.5 PISO TÁTIL DE SINALIZAÇÃO........................................... 19
2.5.1 Piso Direcional ( guia ).................................................... 19
2.5.2 Faixa Elevada................................................................. 20
2.4.1 Faixa livre........................................................................ 22
3 CONCLUSÃO........................................................................ 23
4 APÊNDICE.............................................................................24
4.1 RELATÓRIO DE ESTAGIO................................................ 24
REFERÊNCIAS......................................................................... 25



1.1 JUSTIFICATIVA

O tema acessibilidade é muito extenso, então definimos somente como vias públicas, no momento elaboraram este trabalho para despertar em técnicos de edificações, engenheiros, ao individuo que esta simplesmente projetando uma pequena obra observando o item acessibilidade. Baseado em informações do IBGE ano 2000 uma média de 14,5% da população brasileira apresenta alguma deficiência. Devemos observar que PCD pessoas com deficiência permanente, provisórias ou psicologicamente precisam de uma atenção mais adequada.
Portanto quando se fala em uma sociedade acessível e cidadania para todos devemos observar a igualdade de direito.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 GERAL
Mostrar a importância de acessibilidade em vias públicas.
1.2.2 ESPECÍFICO
Apresentar o conhecimento adquirido durante o curso, em relação à experiência já conquistada em obras de construção civil e estagio prático.


2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Milhões de brasileiros não saem de casa porque não podem circular sem a ajuda de algum parente ou amigo. Segundo estimativas da ONU, para os países em estágio de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, 10% da população, ou seja, aproximadamente 15 milhões de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência.
Conforme os dados do IBGE, estabelecidos através do Censo de 2000, 24,6 milhões de pessoas são portadoras de pelo menos um tipo de deficiência ou incapacidade, o que corresponde a 14,5% da população brasileira, que era de 169,8 milhões em 2000. Uma parcela da população que está marginalizada quando poderia estar atuando em condições de igualdade dentro do meio social (BRASIL, 2000).
Cabe destacar, que do total de casos declarados de portadores das deficiências investigadas, 8,3% possuíam deficiência mental; 4,1% deficiência física; 22,9% deficiência motora; 48,1% deficiência visual e 16,7% deficiência auditiva (BRASIL, 2000).
Em relação às proporções gerais citadas nos parágrafos acima, a estimativa é maior nos municípios de até 100 mil habitantes. Para o conjunto dos municípios de menor porte, com até 20 mil habitantes, o percentual chega a 16,3%, caindo para 13% nos grandes municípios, aqueles com mais de 500 mil habitantes. Entre as deficiências pesquisadas, a dificuldade permanente para enxergar, mesmo com o uso de óculos, foi relatada por 16,6 milhões de pessoas, atingindo mais as mulheres. Já a deficiência física (tetraplegia, paraplegia, hemiplegia permanente e falta de membro ou de parte dele) atinge mais os homens, embora o percentual seja pequeno na população (0,9%).
É importante destacar, ainda na perspectiva do IBGE, que a proporção de pessoas portadoras de deficiência aumenta com a idade, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. À medida que a estrutura da população está mais envelhecida, a proporção de portadores de deficiência aumenta, surgindo um novo elenco de demandas para atender as necessidades específicas deste grupo. Segundo Niess(2003) a inadequação das vias e prédios públicos restringe o direito de ir e vir e inibe a participação e a integração das pessoas com deficiência que por conseqüência ,não podem exercer plenamente sua cidadania e se vêem afetados em sua dignidade.

2.1 NORMA 9050

A NBR 9050- Adequação Das Edificações e do Mobiliário Urbano à pessoa com deficiência, foi à primeira norma técnica brasileira de acessibilidade, tendo sido elaborada em1985 com a participação de diversos profissionais de diferentes áreas em conjunto com pessoas com algum tipo de deficiência (IBAM,1998)
De acordo como item 1.3.1 da NBR9050/2004, todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos urbanos, que vier a ser construídos, projetados, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender o que ela estabelece para serem considerados acessíveis.

2.2 CALÇADAS

Segundo Yásigi(2000,pag. 31) a calçada é o espaço existente entre o lote do quarteirão e o meio fio, sendo sua superfície situada, normalmente, a cerca de 17 centímetros acima do leito carroçável das vias urbanas.
Atualmente nas calçadas instalamos os equipamentos urbanos, a sinalização das vias, paisagismo, também se desenvolve o tráfego de pedestre.
Pessoas que apresentam alguma deficiência física, motora, visual; vivem em uma batalha constante para fazer valer seus direitos de cidadania.
Considerando que muitos locais e espaços públicos, também privados, não estão adequados para este percentual de 14% da população brasileira segundo IBGE, 2000.
Nas imagens abaixo apontamos entre o adaptado e o não adaptado


Figura 3 - Calçada adequada



Nota: Caçada planejada corretamente

Figura 1 - poste no meio da calçada
Nota:Poste impedindo a passagem de pedestre

Figura 2 - Calçada irregular
Nota: Calçada com degrau (diferença de nível), impossibilitando o tráfego de cadeirantes

2.3 RAMPAS DE ACESSO

“Acessibilidade é um processo de transformação do ambiente e de mudança da organização das atividades humanas que diminui o efeito de uma deficiência”
Marcelo Pinto Guimarães, Professor de Arquitetura
Segundo a norma NBR 9050 podemos dizer que:

2.3.1. Rampas:

De acordo com a Pontifícia Universidade Católica (2009), as rampas, diferentemente das escadas, podem se constituir meios de circulação verticais acessíveis a todos, sem exceção. Por elas podem circular pedestres, idosos, cardíacos, pessoas portadoras de deficiências motoras, usuários de cadeiras de rodas, mães com carrinhos de bebês, ciclistas, skates etc. Entretanto, para que elas possam ser, de fato, utilizadas pela maior gama possível de pessoas, é preciso seguir a norma de acessibilidade NBR 9050(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004), de forma a dimensionar esse meio corretamente, atendendo com segurança todos os usuários.

2.3.2. As fórmulas

Como se sabe, a inclinação máxima das rampas vem indicada, nas normas técnicas, em porcentagem (%). Deve se notar, desde já, que a porcentagem de inclinação é muito diferente do grau de inclinação (exemplo: 5% não é a mesma coisa que 5º). De acordo com a NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

Figura 4 - Rampa de acesso
Nota: Rampa planejada adequadamente

Figura 5 - Rampa não adaptada
Nota: Rampa mal panejada

2.3.3. Piso Alerta
Tem como função alertar sobre o perigo de obstáculos e mobiliários.

Figura 6 - piso alerta
Nota: alerta sobre obstáculos e mobiliário

2.3.4. Faixa de travessia de pedestres
Sinalização transversal às pistas de rolamento de veículos destinadas a ordenar e indicar os deslocamentos dos pedestres para a travessia da via - (CTB) Código de Trânsito Brasileiro.

Figura 7 - faixa de pedestre adequada
Nota: faixa de travessia de pedestre adequada

2.3.5. Piso Tátil de Sinalização
No seguimento internacional que trata das normas e regulamentos segue um modelo único de sinalização.
No Brasil pisos táteis foram normatizados pela NBR9050 no ano de 2004 passando como regra de observação e implantação para se fazer melhorar a acessibilidade no Brasil; em geral nos municípios. Tem como função auxiliar e indicar alertas e direção.
No Brasil existem dois tipos de piso táteis, NBR9050 que descreve como sinalização tátil para (DV).

2.3.6. Piso Direcional (guia)
Tem como função guiar a pessoa através de uma pista ou calçada.

Figura 8 - piso direcional
Nota: guia de direção

2.3.7. Faixa Elevada
Elevação do nível do leito carroçável composto de área plana elevada, sinalizada com faixa de travessia de pedestre e rampa de transposição de veículos para haver a concordância entre os níveis e os dois lados da pista.


Nas figuras abaixo demonstramos as diferenças de faixas adequadas e não adequadas.

Figura 9 - Faixa de pedestre adaptada
Nota: acessível nas duas calcadas

Figura 10 - Faixa de pedestre inadequada
Nota: observamos que a faixa termina no meio fio com obstáculo

2.3.8. Faixa livre

Área do passeio, calçada ou rota destinada à circulação de pedestres.

3. CONCLUSÃO

Concluiu-se, que o tema acessibilidade é muito extenso, sendo assim abordamos alguns itens no contexto geral de planejamento, de obras públicas e privadas e reformas destinadas ao uso público.
Quando planejamos uma cidade já pensando no futuro bem próximo devemos observar o direito do cidadão de ir e vir.
Considerando que os indivíduos atingirão seus destinos locomovendo-se através de calçadas, que não devem apresentar nenhum tipo de obstáculo mesmo para pessoas consideradas normais ou com algum tipo de deficiência.
Através deste trabalho procuramos despertar nos profissionais da construção civil a importância de estar atentos ao item acessibilidade nos projetos.

4. APÊNDICE
4.1 RELATÓRIO DE ESTÁGIO

O referido estágio foi cedido pelo Colégio Estadual Polivalente - Ensino Fundamental Médio e Profissional, com supervisão do engenheiro civil Israel Mocelin Pinto. Totalizando um total de 60 horas, no período entre 20 de julho de 2013 e 30 de novembro de 2013.
Durante o período de estágio, as atividades executadas durante o estágio, foram: execução de alvenaria e estrutural de muro, conferindo nível, prumo, esquadro da parede, chapisco, emboço e reboco
Executamos concerto de tubulação hidráulica.
Executamos pinturas de rampas de acesso para cadeirantes e outros.
Executamos troca de telhados (eternitão).
Executamos instalações hidráulicas no lavatório de emergência para acidentes no laboratório de Química.

REFERÊNCIAS

Acessibilidade em calçadas. Disponível em: <https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0_P9WHGGbEMOnozNyqfzB-rI3Mlf0KUq4G2-2aLxlxVUGcibP9qbbhRziiR7bZDe1CJBlNhbfYl5HaX5JTdbsGjUwKmVurk47wy2SJPNVNHd8HPE4Hf4NbaqtkIZZe7onoew2kykK7WVp/s1600/Foto-0010.jpg> Acesso em: 3 dez. 2013
Norma 9050. Disponível em: <www.creaba.org.br> Acesso em: 3 dez. 2013
Rampa de acesso. Disponível em: <http://www.scielo.br/img/revistas/rbee/v17n2/a06fig23.jpg> Acesso em: 3 dez. 2013
Secretaria Nacional de Promoção aos Direitos. Disponível em: <www. pessoacomdeficiencia.gov.br> Acesso em: 3 dez. 2013
Sinalização Tátil. Disponível em: <www.estardeficiente.blogspot.com> Acesso em: 3 dez. 2013
Utilidade do Piso Tátil. Disponível em: <www.movimentolivre.org.com> Acesso em: 3 dez. 2013