quarta-feira, 18 de junho de 2014

Eucalyptus globulus - Eucalipto

Flores de eucaliptos. são plantas que necessitam de insolação direta para o seu melhor desenvolvimento. Eles não toleram ambientes sombreados.

  • Eucalyptus globulus Labill. (do latim globulus, um pequeno botão, referência à forma do opérculo do fruto), conhecido por eucalipto-comum ou eucalipto-da-Tasmânia, é uma espécie florestal de folha perene pertencente ao gênero Eucalyptus, de crescimento rápido, capaz de produzir árvores de 30 a 55 m de altura (um exemplar existente na Tasmânia tem 90,7 m de altura ). 
Originária da Austrália, a espécie é hoje uma das árvores mais amplamente cultivada em florestas de produção, principalmente para fabrico de pasta de papel e para queima, e a mais expandida das cerca de 600 espécies que integram o gênero Eucalyptus. 
  • A área de ocorrência natural da espécie inclui a Tasmânia e o sul do Estado de Victoria (Austrália). Ocorre ainda em manchas isoladas na ilhas King e Flinders, ambas no Estreito de Bass, e nos cumes do You Yangs. A flor do E. globulus foi proclamada a 27 de Novembro de 1962 como emblema floral do estado da Tasmânia.
Propriedades Botânicas:
  • O E. globulus é uma árvore de grande dimensões (30 a 55 m de altura, mas podendo ocasionalmente ultrapassar os 90 m de altura), de tronco erecto e esguio, com ramificação apenas na parte terminal, formando uma canópia esparsa e irregular a grande altura. 
O tronco é recoberto por um ritidoma cinzento-claro, liso, que tende a soltar-se espontaneamente libertando longas tiras que ao secar ficam acastanhadas e se enrolam sobre si, ficando pendentes dos troncos por largos períodos.
  • A madeira é esbranquiçada, com pouco cerne, muito rica em água quando verde, formada por longas fibras esbranquiçadas, fissurando e contorcendo-se durante a secagem. Ao quebrar produz longas falhas aguçadas, ligadas entre si por fortes fibras relativamente flexíveis.
Quando cortada a planta regenera rapidamente a partir da toiça, produzindo fortes turiões recobertos por folhas juvenis que quando desbastados rapidamente reconstituem a árvore. As plantações de eucalipto podem assim ser repetidamente cortadas sem necessidade de replante.
  • A espécie apresenta marcado dimorfismo sexual, com as plantas juvenis e os rebentos basais e de toiça apresentam um tipo de folha diferente das plantas adultas: as folhas juvenis são sésseis, oblolanceoladas, com 6–15 cm de comprimento, e recobertas por um tegumento ceroso de cor azulada, surgindo em pares alternados (dando à planta juvenil características de alternifólia) em caules de secção quadrangular. 
A folhas das árvores adultas são estreitas, falciformes a siculares (isto é alongadas e contorcidas em forma de foice), com 15–35 cm de comprimento, com tegumento verde acinzentado (particularmente na página inferior), surgindo alternadamente ao longo de caules arredondados.
  • Os botões são oblongos, mais largos na parte distal, rodeados por uma bordadura irregular recoberta por protuberâncias, terminando num opérculo aplanado (topo do botão floral) com uma protuberância central. As flores são esbranquiçadas ou cremosas, instaladas nas axilas das folhas, produzindo um copioso néctar que quando utilizado por colmeias produz um mel com sabor e cheiro característicos. Floresce nos meses de Setembro e Outubro.
Os frutos são cápsulas lenhosas com 1.5 a 2.5 cm de diâmetro, reproduzindo a forma do botão da flor. Cada fruto contem numerosas sementes minúsculas, que são libertadas através de 3 a 6 valvas que se abrem no topo do fruto aquando da maduração.
  • O eucalipto-comum produz um extenso sistema radicular, que em solos bem drenados se pode estender por muitas dezenas de metros em torno da árvore, penetrando profundamente no perfil atingindo nalguns casos mais de 10 m de profundidade. A planta adulta não tem raiz apical, desenvolvendo um sistema radicular que se distribui radialmente em torno da árvore sem qualquer elemento aprumado.
Flor:
  • A primeira descrição botânica do gênero foi da responsabilidade do botânico francês Charles Louis L'Héritier de Brutelle, em 1788. O nome do seu gênero, que poderia ser traduzido do grego como "boa cobertura" faz referência à capa ou opérculo que cobre os órgãos reprodutores da flor, até que cai e os deixa a descoberto. Este opérculo é formado por pétalas modificadas. 
De fato, o poder atrativo da sua flor deve-se à exuberante coleção de estames que cada uma apresenta, e não às pétalas, como acontece com muitas plantas. Os frutos são lenhosos, de forma vagamente cônica, contendo válvulas que se abrem para libertar as sementes. As flores e os frutos do eucalipto são, de facto uvas.

Folhas de eucalipto

Folha:
  • Quase todos os eucaliptos têm folhagem persistente, ainda que algumas espécies tropicais percam as suas folhas no final da época seca. Tal como outras mirtáceas, as folhas de eucalipto estão cobertas de glândulas que segregam óleo - este gênero botânico é, aliás, pródigo na sua produção. 
Muitas espécies apresentam, ainda dimorfismo foliar. Quando jovens, as suas folhas são opostas, de ovais a arredondadas e, ocasionalmente, sem pecíolo. Depois de um a dois anos de crescimento, a maior parte das espécies passa a apresentar folhas alternadas, lanceoladas a falciformes (com forma semelhante a uma foice), estreitas e pendidas a partir de longos pecíolo. Contudo, existem várias espécies, como a Eucalyptus melanophloia e a Eucalyptus setosa que mantêm a forma juvenil ao longo da sua vida. 
  • As folhas adultas da maioria das espécies, bem como, em alguns casos, as folhas juvenis, são iguais nas duas páginas do limbo, não existindo a habitual distinção, nas folhas, de página superior e página inferior. A maior parte das espécies não floresce enquanto a folhagem adulta não aparece. A Eucalyptus cinerea e a Eucalyptus perriniana constituem duas das raras excepções.
Casca (súber):
  • O súber, ou casca da árvore, tem um ciclo de permanência anual, podendo as várias espécies de eucalipto agruparem-se segundo a sua aparência. Nas árvores de casca lisa, cai praticamente toda a casca, deixando uma superfície de textura plana, por vezes manchada de várias cores. 
Nas árvores de casca rugosa, o ritidoma persiste agarrado ao caule enquanto vai secando lentamente. Muitas árvores, contudo, apresentam diferenciação a este nível, com casca lisa no topo e casca rugosa na base do tronco. De entre as árvores de casca rugosa, podemos distinguir:
  • De casca fendida - que apresenta longas fibras que se podem destacar em peças compridas. Apresenta ritidoma espesso e com textura esponjosa.
  • De casca dura - de aspecto rugoso e profundamente fendido, o seu ritidoma aparece geralmente saturado de uma resina exsudada pela planta que lhe dá uma coloração vermelho escura ou mesmo negra.
  • Tesseladas - com a casca fragmentada em flocos distintos, formando mosaico. Os fragmentos, que vão caindo com o tempo, têm semelhança com a cortiça.
  • Em cofre - composto por fibras de curta dimensão. Apresentando, algumas, tesselação.
  • Em faixa - em que a casca sai em longas e estreitas peças, ainda que aderentes em determinadas partes do caule. Podem aparecer na forma de longas faixas, fitas resistentes ou em pedaços que encaracolam.
Classificação científica:
  • Reino: Plantae 
  • Divisão: Magnoliophyta 
  • Classe: Magnoliopsida 
  • Ordem: Myrtales 
  • Família: Myrtaceae 
  • Gênero: Eucalyptus 
  • Espécie: E. globulus 
Nome binomial:
  • Eucalyptus globulus
A planta é uma planta vivaz e resistente, preferido os solos ligeiramente ácidos e as zonas frescas e úmidas. Contudo, tolera bem a secura, sendo extremamente eficaz na absorção de água do solo. Não resiste aos frios intensos, aos nevoeiros persistentes e às secas prolongadas.

Gêneros relacionados:
  • Um pequeno gênero botânico de árvores similares, Angophora, conhecido desde o século XVIII, tem vindo a ser considerado, desde 1995, graças a evidências principalmente genéticas, um gênero mais próximo de algumas espécies que pertenciam gênero Eucalyptus, pelo que se decidiu criar o gênero Corymbia. 
Ainda que em gêneros separados, os três grupos estão intimamente relacionados a nível genético, pelo que é perfeitamente aceitável que sejam vulgarmente designados como eucaliptos.
  • As pequenas mudas de eucalipto ao se desenvolverem podem atingir mais de 80 metros de altura, sendo assim, uma das maiores árvores do mundo. A madeira do eucalipto possui bom valor comercial. Há centenas de espécies de eucalipto, todas nativas da Austrália, da qual o Eucalyptus globulus é a mais comum. 
A árvore de eucalipto absorve grande quantidade de água, por isso é comummente plantada em lugares quentes e sobretudo pântanos e áreas alagadas com o objetivo de evitar o acúmulo de água, impedindo a proliferação de mosquitos da malária.

Propriedades Químicas:
  • Taninos 
  • Aldeídos 
  • Óleo volátil (cineol) 
  • Resina amarga.
As madeiras de folhosas constituem as matérias primas atualmente mais utilizadas na produção de papéis de impressão e escrita. Espécies de eucalipto, nomeadamente, Eucalyptus globulus,Eucalyptus grandis e Eucalyptus urograndis constituem as principais fontes de fibra curta na Península Ibérica e na América Latina, enquanto que no norte da Europa, a bétula (Betula pendula) é a espécie folhosa mais utilizada. Nos últimos anos, espécies de Acácia, em particular Acácia mangium, tornaram-se igualmente importantes fontes de fibra celulósica na Ásia.
  • As madeiras e, em particular, aquelas provenientes de folhosas, apresentam elevada variabilidade de composição e estrutura, afetando significativamente o seu comportamento durante a transformação industrial em pasta celulósica. 
A prática industrial mostra, por exemplo, que diferentes folhosas requerem diferentes condições processuais no cozimento e no branqueamento para se atingir, respectivamente, o mesmo grau de deslenhificação e de brancura. Em particular, o E. globulus é conhecido pela sua facilidade de cozimento e de branqueamento. As razões por detrás deste comportamento estão longe de ser completamente compreendidas. 
  • A compreensão do modo como as características químicas e estruturais destas madeiras afetam o seu comportamento no cozimento e branqueamento é crucial para a seleção e melhoria de clones, optimização dos processos, melhoria da qualidade do produto final e redução do impacto ambiental da indústria de pasta e papel. 
O conhecimento da química e estrutura molecular da madeira de E. globulus, principal matéria prima da indústria nacional de pasta e papel, era, até há bem poucos anos, bastante escasso. 
  • Para colmatar esta lacuna, desenvolveu-se na última década, no Departamento de Química da Universidade de Aveiro, um vasto programa de investigação dedicado à química do E. globulus, procurando aprofundar o seu conhecimento fundamental e o estabelecimento de relações entre a sua composição/estrutura e o seu desempenho processual, nomeadamente no cozimento kraft e no branqueamento ECF. 
Paralelamente, foi desenvolvido um estudo comparativo com outras folhosas suas concorrentes, nomeadamente E. grandis e E. urograndis, A. mangium e B. pendula. No presente trabalho, faz-se uma breve revisão dos resultados mais relevantes deste programa de investigação.
  • As diferentes folhosas investigadas apresentam claramente diferentes aptidões ao cozimento e ao branqueamento, demonstradas pelas diferenças de rendimento em pasta, do perfil de dissolução de polissacarídeos e das cargas necessárias de álcali e de ClO2 no cozimento kraft e branqueamento ECF, globulus mostrou ser a espécie mais fácil de deslenhificar e de branquear. 
Embora a diferente abundância relativa de extractáveis, celulose, xilanas e lenhina contribuam para as diferenças observadas entre as cinco espécies investigadas, a aptidão ao cozimento e branqueamento é essencialmente determinada pelas características estruturais dos componentes macromoleculares das madeiras e pastas, em particular xilanas e lenhina. 
  • Os extractáveis, onde se destaca E. globulus pela sua menor abundância relativa, acumulam-se à superfície da fibra da pasta branca, podendo ser determinantes do comportamento papeleiro desta. 
A diferente retenção de xilanas nas fibras durante o cozimento kraft está associada, pelo menos em parte, com a abundância e estrutura dos substituintes de ácido urônico e com a massa molecular média da xilana. 
  • A maior retenção de xilanas nas espécies de Eucalyptus, quando comparada com B. pendula, pode ser explicada pela presença de ácido 4-O-metil-α-D-glucurônico, ligado em O-2 a outros polissacarídeos na parede celular, através de unidades de galactose e de glucose. O maior rendimento em pasta observado para a espécie E. globulus resulta do seu baixo teor da lenhina e maior retenção da sua xilana, consequência da sua estrutura peculiar e baixa carga alcalina requerida para o cozimento. 
Não é possível, com base nos resultados desta investigação, estabelecer qualquer relação entre a estrutura supramolecular da celulose das madeiras e a sua retenção relativa durante o cozimento kraft. Esta aparente falta de correlação deve-se muito, provavelmente, à dificuldade em estimar a extensão da remoção da celulose durante o cozimento com base na quantidade de glucose dissolvida, devido à interferência de glucanas, nomeadamente amilopectina, presentes nas madeiras. 
  • A facilidade de deslenhificação kraft e de branqueamento está diretamente relacionada com a proporção de unidades seringilo:guaiacilo e com o grau de condensação das lenhinas; de igual modo a aptidão ao branqueamento é determinada pela abundância relativa de estruturas do tipo β-O-4. 
Genericamente, as menores cargas de químicos no cozimento e no branqueamento, requeridas pelas espécies de Eucalyptus, e, em particular por E. globulus, podem ser explicadas pela elevada proporção de unidades seringilo, baixo grau de condensação e superior teor de estruturas β-O-4 (particularmente nas pastas cruas) nas suas lenhinas.

Propriedades Medicinais:
  • O eucalipto é uma planta base para a produção de desodorizantes, desinfetantes e repelentes. É usado em banhos a vapor e saunas. 
O óleo de eucalipto possui um aroma muito forte e estimulante. É indicado para problemas respiratórios, reduzindo o muco, inchaço e a inflamação, além de aliviar dores musculares, reumatismo e dores de cabeça. É amplamente utilizado em remédios comerciais para combater resfriados e preparações para alívio das dores. O eucalipto faz com que o nariz solte muco, facilitando para que o mesmo seja expelido mais fácil.
  • Nas folhas e ramos do eucalipto se concentram suas propriedades curativas da planta, que é rica em propriedades antibacterianas. É considerado um dos óleos essenciais que possuem as maiores propriedades anti-sépticas dentre todos os óleos essenciais. 
Durante o último século, os médicos americanos usaram o óleo de eucalipto para desinfetar o equipamento médico e para fazer a acepcia de feridas. Na medicina popular, o óleo essencial diluído é usado para tratar herpes e feridas.
  • Na medicina aborígine (tribos indígenas nativas da Austrália), o eucalipto é usado para tratar feridas e infecções. O gargarejo em forma de líquido é usado para limpeza bucal e dor de garganta. A pomada ou óleo de massagem esfregados no tórax agem como descongestionante. 
O óleo do eucalipto pode ser aplicado em juntas artríticas dolorosas, juntas rígidas e úlceras. Sachês e colarinhos de Eucalipto são usados para repelir pulgas.
  • Antibiótica 
  • Anticatarral 
  • Antiespasmódica 
  • Antisséptica 
  • Estimulante 
  • Febrífuga 
  • Hipoglicêmica 
  • Vermífuga
  • Descongestionante, mucolítico e expectorante.
  • Estimulante do sistema imunológico.
  • Estimulante emocional.
  • Analgésico e relaxante musculares.
  • Anti-séptico, desinfetante e purificador de ambientes.
Partes usadas:
  • As partes usadas da planta são as folhas e o óleo essencial.
Taxonomia:
  • Recentes estudos de biologia molecular levam a crer que o E. globulus e as espécies com ele estreitamente aparentadas constituem um complexo de subespécies enquadráveis numa única espécie. 
Nesta acepção, mais alargada e ignorando pequenas variações morfológicas, a espécie E. globulus inclui as seguintes subespécies:
  • E. globulus subsp. bicostata = E. bicostata
  • E. globulus subsp. globulus = E. globulus - o eucalipto-comum
  • E. globulus subsp. maidenii= E. maidenii - o eucalipto-de-Maiden
  • E. globulus subsp. pseudoglobulus = E. pseudoglobulus
A inclusão numa única espécie dos diferentes taxons atrás citados é apoiada por outros autores e entidades, como o Tasmanian Herbarium e o Royal Botanic Gardens, Melbourne, mas não pelo Royal Botanic Gardens, Sydney , no qual os quatro taxa são considerados espécies distintas.

Contraindicações e efeitos colaterais:
  • Doses excessivas podem causar dor de cabeça, vertigem e convulsões.
Outros usos:
  • O eucalipto-comum é a espécie florestal mais plantada para fins comerciais na Austrália, onde ocupa cerca de 4 500 km² de território (65% da área florestada para produção de madeiras rijas) . 
A árvore é também extensamente cultivada em outras regiões de clima temperado, entre as quais a região mediterrânica da Europa, sendo também a espécie florestal mais cultivada em Portugal, onde fornece a maior parte da matéria-prima utilizada para produção de pasta de papel.
  • Para além da sua utilização para produção de pasta de papel, uso em que as suas longas fibras produzem papel de grande qualidade, a sua madeira é também utilizada como elemento estrutural em construções, embora tenda a fender e retorcer com a secagem, e para lenha, produzindo um biocombustível de boa qualidade.
As folhas de eucalipto são utilizadas para a confecção de infusões terapêuticas, especialmente para afecções do sistema respiratório superior. Os óleos essenciais extraídos das suas folhas, comercializados sob a designação de cineol (cineole ou eucaliptol), são utilizados em confeitaria, produzindo um efeito refrescante e dilatador dos brônquios semelhante ao mentol. A República Popular da China é o maior produtor mundial de cineol .

Importância econômica:
  • Uma das espécies mais comuns, na Península Ibérica, é o Eucalyptus globulus. Na América do Sul existem também extensas plantações das espécies E. urophylla e E. grandis. 
Algumas das suas espécies foram exportadas para outros continentes onde têm ganho uma importância econômica relevante, devido ao facto de crescerem rapidamente e serem muito utilizadas para produzir pasta de celulose, usada no fabrico de papel, carvão vegetal e madeira. 
  • Alguns defendem que a plantação de eucaliptos permite evitar o corte e abate de espécies nativas, para tais fins, pelo que seriam uma opção adequada a terras degradadas, promovendo-se a economia onde são cultivadas. Contudo, o assunto mantém-se polêmico.
Eucaliptos no Brasil:
  • Foi implantado no Brasil em 1909 pelo engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade, então funcionário da Cia. Paulista. No Brasil existem extensas áreas plantadas, sobretudo, no Estado de Minas Gerais, que possui cerca de 2% do seu território ocupados com eucaliptos. 
Um dos grandes municípios produtores do país, que há mais de trinta anos desenvolve a silvicultura, é o município mineiro de Itamarandiba. Atualmente esta cidade é um dentre os diversos pólos da produção de mudas clonais de Minas Gerais e do Brasil.

Polêmica:
  • O E. globulus foi introduzido na Califórnia em meados do século XIX, estando presente em muitos dos parques citadinos de San Francisco e noutras cidades do litoral daquele estado. 
A partir do seu uso como ornamental,naturalizou-se, sendo hoje considerado uma espécie invasora devido à sua capacidade para se implantar rapidamente nos habitats de clima mediterrânico da região, substituindo a vegetação nativa . 
  • Nesse sentido, tem-se vindo a proceder na Califórnia à sua completa erradicação do solo. Também em Portugal esta árvore se comporta como uma espécie invasora embora nenhuma medida de erradicação tenha sido levada a cabo sobretudo devido ao valor econômico da espécie. 
Contudo, dado que o eucalipto consegues absorver grandes quantidades de água no verão, apresenta vantagem competitiva sobre as demais espécies vegetais, com consequências nefastas para a biodiversidade das florestas. 
  • Outra polêmica em torno desta espécie prende-se com os fogos florestais, um flagelo recorrente em Portugal na época de verão.

No caso do eucalipto (transgênico), a inserção de gene resulta em 20% a mais de volume de madeira e de até 40% mais na produtividade de bioenergia.