sexta-feira, 27 de junho de 2014

Lippia sidoides - Alecrim-pimenta

Lippia sidoides - Alecrim-pimenta

  • Alecrim-pimenta, Lippia sidoides Cham., é uma planta pertencente à família Verbenaceae. É um arbusto silvestre, originária do nordeste do Brasil, que sob condições ideais pode alcançar até 3 metros de altura.Também conhecida pelos nomes populares de alecrim-grande e estrepa-cavalo.
Usada externamente possui propriedades antimicrobianas e anti-sépticas. Suas indicações terapêuticas são : Combate a acne, aftas, caspa e piolhos, fungos, impingem, inflamação na boca e garganta, diminui o cheiro dos pés e axilas, reduz o pano-branco e a sarna-infecciosa.
  • Lippia sidoides. O alecrim-pimenta (Lippia sidoides) uma planta medicinal nativa do Brasil. É um tipo de arbusto encontrado no sertão nordestino, sobretudo nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Pertence à família Verbenaceae.
Os gregos a denominavam "flor por excelência", e dela se serviam para entretecer suas coroas, com as quais cobriam a cabeça por ocasião de certas festas. Em alguns lugares costuma-se misturar o alecrim com galhos de buxo na cerimonia do benzimento das palmas no Domingo de Ramos.
  • Em Roma figurava, juntamente com o cipreste, no culto aos mortos. É uma planta que desde tempos imemoriais tem sido objeto de muitas lendas. O verdor de suas fiastes com muitas folhas era considerado como um símbolo de imortalidade.
No norte da França dizem que existe o costume de se colocar um ramo de alecrim nas mãos do defunto e depois plantá-lo sobre o seu túmulo. Muita gente ainda se recorda da canção infantil que dizia: "Eu desci ao jardim para colher alecrim."
  • O alecrim é uma especiaria amplamente utilizada; A tradição dita que o alecrim apenas crescerá em jardins aonde a mulher é a "chefe da casa." A planta foi usada na medicina tradicional por suas propriedades adstringentes, tônicas, carminativas, antiespasmódicas, emenagogas e diaforéticas. Os extratos e o óleo volátil foram usados para promover o fluxo menstrual, e como abortivos.
As propriedades do alecrim são conhecidas desde a mais remota antiguidade. Hipócrates já a recomendava assim como Dioscóride e os médicos árabes. Sua voga foi extraordinária na Idade Média e Renascença. O alcoolato de alecrim tornou-se famoso com o nome de "água da rainha da Hungria" e fez furor na corte de Luís XIV. 
  • Era o medicamento preferido de Madame de Sevigné. O remédio teria sido inventado pela rainha Elizabeth (filha de Wladislas Lokietak, rei da Polônia), que nasceu em 1306 e desposou em 1320 Charles-Robert d'Anjou, rei da Hungria, morto em 1381. Esta água curava a gota e a paralisia.
Propriedades Botânicas:
  • O gênero Lippia possui cerca de 200 espécies de ervas, arbustos e pequenas árvores, que são naturais da América do Sul e Central. As espécies deste gênero se destacam pelo aroma forte e agradável e seu aspecto atrativo no período de floração. 
Devido à sua atratividade estética e razoável tolerância à seca, é utilizado em arquitetura paisagista, especialmente em áreas com clima mediterrânico. É considerada fácil de cultivar para jardineiros principiantes, tendo uma boa tolerância a pragas.
  • O alecrim é facilmente podado em diferentes formas e tem sido utilizado em topiária. Quando cultivado em vasos, deverá ser mantido de preferência aparado, de forma a evitar o crescimento excessivo e a perda de folhas nos seus ramos interiores e inferiores, o que poderá torná-lo um arbusto sem forma e rebelde. Apesar disso, quando cultivado em jardim, o alecrim pode crescer até um tamanho considerável e continuar uma planta atraente
Pode ser propagado a partir de uma planta já existente, através do corte de um ramo novo com cerca de 10–15 cm, retirando algumas folhas da base e plantando diretamente no solo. Várias variedades cultivares foram selecionadas para uso em jardim. As seguintes são frequentes:
  • Albus - flores brancas
  • Arp - folhas verde-claro, fragrância a limão
  • Aureus - folhas com pintas amarelas
  • Benenden Blue - folhas estreitas, verde-azulado-escuro
  • Blue Boy - anã, folhas pequenas
  • Golden Rain - folhas verdes, com raios amarelos
  • Irene - ramagem laxa, rastejante
  • Lockwood de Forest - seleção procumbente (rastejante) de Tuscan Blue
  • Ken Taylor - arbustiva
  • Majorica Pink - flores cor-de-rosa
  • Miss Jessop's Upright - alta, erecta
  • Pinkie - flores cor-de-rosa
  • Prostratus
  • Pyramidalis (também conhecida como Erectus) - flores azul-pálido
  • Roseus - flores cor-de-rosa
  • Salem - flores azul-pálido, resistente ao frio e semelhante à Pra
  • Severn Sea - baixa, espalhando-se e enraizando-se pelo solo, com ramos em arco; flores violeta profundo
  • Tuscan Blue - erecta
  • Classificação científica:
  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Lamiales
  • Família: Verbenaceae
  • Gênero: Lippia
Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o Lavandula stoechas, que possui exatamente o étimo rosmarinus. No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois gêneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor.

Classificação científica:
  • Reino: Plantae
  • Filo: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Lamiales
  • Família: Lamiaceae
  • Gênero: Rosmarinus
  • Espécie: R. officinalis
Nome binomial:
  • Rosmarinus officinalis
O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.

Descrição:
  • Arbusto perene da família das Labiadas, de numerosas folhas estreitas, duras e sempre verdes. Possui um intenso perfume nas folhas e nas flores que são azul-claro.
As folhas são duras, opostas, sésseis, persistentes e numerosas, com borda enrolada para dentro ao longo da nervura central. As flores se apresentam em pequenos cachos na parte final e possuem coloração azul-violeta. 
  • Suas folhas são verdes em cima e brancas na parte inferior. Toda a planta desprende um odor que se assemelha muito ao do incenso. O alecrim é uma das ervas mais conhecidas, sobretudo pelo seu aroma característico.
Usado tradicionalmente para fortalecer a memória, é muito tomado para auxiliar nos estudos e no desempenho nos exames e para afastar o esgotamento mental. Arbusto muito ramificado, sempre verde, com hastes lenhosas, folhas pequenas e finas, opostas, lanceoladas.
  • A parte inferior das folhas é de cor verde-acinzentado enquanto a superior é verde brilhante. As flores reúnem-se em espiguilhas terminais e são de cor azul ou esbranquiçada. O fruto é um aquênio. Floresce quase todo o ano e não necessita de cuidados especiais nos jardins.
Toda a planta exala um aroma forte e agradável. Utilizada com fins culinários, medicinais e religiosos, a sua essência também é utilizada em perfumaria, como por exemplo, na produção da água-de-colônia, pois contém tanino, óleo essencial, pineno, cânfora e outros princípios ativos que lhe conferem propriedades excitantes, tônicas e estimulantes.
  • A sua flor é muito apreciada pelas abelhas produzindo assim um mel de extrema qualidade. Há quem plante alecrim perto de apiários, para influenciar o sabor do mel.
Plantio:
  • Deve ser plantado preferencialmente na primavera ou no verão o ideal é por meio de mudas, mas pode ser plantado através de sementes neste caso a planta demora bastante tempo para se desenvolver, deve se irrigar a planta levemente apenas quando o solo estiver seco a mais de 2 cm de profundidade.
Multiplicação: propaga-se por sementes, estaquia e mergulhia (mudas). Cultivo: o plantio deve ser feito em solos secos, leves, porosos, com espaçamento de 0,5m X 1m; Colheita: colhe-se os ramos, o ano todo, podando as plantas mais viçosas. A conservação das folhas faz-se dessecando-as à sombra e em local ventilado, acondicionando-as em vasilhame sem ar. 
  • Propaga-se bem em solos secos, pobres e bem drenados. Adapta-se melhor ao clima subtropical. O plantio deve ser feito antes da floração intensa. Prefere locais ensolarados, bem iluminados e sem vento.
Cresce nas regiões quentes. Seu nome científico deriva do fato de que suas folhas parecem recobertas de uma poeira branca, como rocio, e porque tem preferência pelas regiões expostas à atmosfera marinha — rosa marinha.

Lippia sidoides - Alecrim-pimenta

Propriedades Químicas:
  • O alecrim-pimenta é composto de flavonoides, quinonas, triterpenos, lignanas, esteroides livres e glicosilados e ácidos orgânico. 
O óleo essencial de alecrim-pimenta possui elevado valor comercial, tendo o timol e o carvacrol como constituintes principais, os quais apresentam propriedades antisséptica, antimicrobiana, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória e larvicida.
  • Saponinas
  • Flavonóides 
  • Nicotinamida 
  • Colina 
  • Pectina 
  • Taninos 
  • Rosmaricina 
  • Vitamina C 
Óleo essencial (pineno, canfeno, cineol, borneol, eucaliptol, acetato de isobornila, valerianato de isobornila, cânfora).
O timol (2-isopropil-5-metil-fenol) é uma substância cristalina incolor com um odor característico que está presente na natureza nos óleos essenciais do tomilho ou do orégano. O timol pertence ao grupo dos terpenos. Um isômero do timol é o carvacrol. 

2-isopropil-5-metil-fenol
(Composto Orgânico)

Compostos Orgânicos:
  • No final do século XVIII, os químicos começaram a se dedicar ao estudo das substâncias presentes nos organismos vivos, com o objetivo de isolá-las e, então, poder identifica-las. 
Dentro de pouco tempo, eles já notaram que as substâncias obtidas a partir de organismos vivos apresentavam características diferentes daquelas obtidas a partir dos minerais, como os compostos orgânicos.
  • Através desses estudos, ainda no fim do século XVIII, o químico Carl Wilhelm Scheele conseguiu isolar o ácido lático do leite, a ureia da urina, o ácido cítrico do limão, o ácido tartárico da uva, entre outras substâncias.
Com base nessas descobertas, no ano de 1770, o químico sueco Torbern Bergman definiu que os compostos orgânicos eram aqueles que poderia ser obtidos a partir de organismos vivos, enquanto os compostos inorgânicos eram as substâncias originadas da matéria não viva. Nesse mesmo período, o químico Antonie Laurent Lavoisier conseguiu estudar muitos desses compostos orgânicos e verificou que todos continham o elemento carbono.
  • Já no início do século XIX, Jöns Jakob Berzelius propôs que somente os seres vivos eram capazes de produzir os compostos orgânicos, ou seja, que tais substâncias jamais poderiam ser obtidas artificialmente (sintetizadas). Essa ideia ficou conhecida, então, como a teoria da força vital.
Porém, no ano de 1828, ou químico Friedrich Wöhler conseguiu obter a ureia, um composto orgânico presente na urina dos animais, a partir do cianeto de amônio, uma substância mineral, através da seguinte reação:


Depois da síntese de Wöhler, vários outros compostos orgânicos foram sintetizados e, então, os cientistas passaram a crer que qualquer substância química poderia ser obtida de forma artificial. Assim, a teoria da força vital caiu por terra definitivamente, e os compostos orgânicos passaram a ser definidos como os compostos do elemento carbono.
  • No entanto, sabemos que existem alguns compostos inorgânicos que também apresentam carbono em sua composição, como, por exemplo, o diamante, o grafite, os carbonatos e o monóxido de carbono. Baseando-se nisso, chegamos à atual definição de composto orgânico: Compostos orgânicos são os compostos do elemento carbono com propriedades características.
Além do carbono, os principais elementos que compõem a grande maioria das substâncias orgânicas são: hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), enxofre (S) e halogênios (Cl, Br e I). O conjunto dos átomos de carbono com esses elementos dá origem a estruturas bastante estáveis, que recebem o nome de cadeias carbônicas. Essas cadeias formam o “esqueleto” das moléculas de todos os compostos orgânicos.

Características gerais dos compostos orgânicos:

Pontos de fusão e de ebulição – nos compostos orgânicos, os pontos de fusão e de ebulição, em geral, são mais baixos do que nas substâncias inorgânicas. Isso ocorre porque as ligações entre as moléculas dos compostos orgânicos são mais fracas, o que faz com que elas se rompam com mais facilidade.
  • Polaridade – as substâncias orgânicas são unidas predominantemente por ligações covalentes, que ocorrem com mais frequência entre os átomos de carbono ou entre átomos de carbono e hidrogênio da cadeia. Quando as moléculas desses compostos são formadas apenas por carbono ou por carbono e hidrogênio, eles são apolares, porém, quando existem outros elementos químicos além de carbono e hidrogênio, as moléculas tendem a apresentar alguma polaridade.
  • Solubilidade – devido à diferença de polaridade, as substâncias orgânicas apolares são praticamente insolúveis em água (polar), mas solúveis em outros solventes orgânicos. Já os compostos orgânicos polares tendem a se dissolver em água, como corre com o álcool, o açúcar, a acetona, entre outros.
  • Combustibilidade – grande parte dos compostos orgânicos podem sofrer combustão (queima), como é o caso da gasolina e outros combustíveis usados em automóveis, do butano presente no gás de cozinha, da parafina da vela, etc.
Os compostos Orgânicos: 
Podem ser divididos em dois grandes grupos:
  • Compostos orgânicos naturais – são aqueles produzidos pelos seres vivos, como, por exemplo, carboidratos, proteínas, lipídios, ácidos nucleicos (DNA e RNA), vitaminas, petróleo, gás natural, metano, entre outros.
  • Compostos orgânicos sintéticos – são aqueles sintetizados artificialmente por indústrias químicas e laboratórios, como plástico, gasolina, medicamentos, fibras têxteis, corantes, borracha sintética, silicone, inseticidas, adoçantes artificiais, etc.
Desde o fim do século XIX até os dias atuais, a Química Orgânica tem evoluído de forma exponencial. Prova disso é o número de compostos orgânicos já conhecidos: entre naturais e sintéticos atualmente se conhece cerca de 18.000.000 dessas substâncias. 
  • Se compararmos esse número com a quantidade de compostos inorgânicos, teremos uma noção da rapidez dessa evolução: hoje são conhecidas menos de 200.000 substâncias inorgânicas.
Propriedades medicinais:
  • O alecrim-pimenta possui uso comprovado na medicina popular, principalmente como antisséptico e antimicrobiano, sendo que suas folhas e flores constituem a parte medicinal desta planta. 
O chá e a tintura diluída desta espécie são também usadas no tratamento de problemas de pele. O óleo essencial das folhas do alecrim-pimenta também é atualmente usado por indústrias farmacêuticas, de perfumaria e cosméticos por suas propriedades antimicrobianas e aromático.
  • A medicina popular recomenda o alecrim como um estimulante às pessoas atacadas de debilidade, sendo empregado também para combater as febres intermitentes e a febre tifóide. Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim, que também se recomendam a todas as pessoas cujo estômago seja preguiçoso para digerir.
Também apresenta propriedades carminativas, emenagogas, desinfetantes e aromáticas. É ainda relaxante muscular, ativador da memória e fortalece os músculos do coração. Cientistas dizem que ramos de alecrim deveriam ser dependurados em oficinas e áreas onde crianças fazem tarefas escolares para um melhor funcionamento da memória.
  • Testes com o extrato vegetal do alecrim-pimenta realizados pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, indicaram que a planta apresenta atividade inibitória de crescimento da bactéria Listeria monocytogenes, associada a listeriose. 
A doença pode causar várias síndromes como infecções, gastroenterites, sendo bastante prejudicial em pacientes imunodeprimidos, e em crianças, idosos e gestantes (podendo causar abortos). A transmissão ocorre, principalmente por meio do consumo de alimentos contaminados.
  • Dois produtos em forma de pó à base de alecrim-pimenta foram patenteados pela FCFRP da USP. Um dos produtos poderá ser usado em formulações de medicamentos e cosméticos, e o outro, na conservação de alimentos processados. 
Segundo a farmacêutica Luciana Pinto Fernandes, realizadora do trabalho, “o óleo essencial do alecrim-pimenta é muito volátil e evapora com facilidade, e acaba oxidando e decompondo-se com o passar do tempo, perdendo um pouco de suas propriedades. Quando encapsulado, ele se torna mais resistente e mantêm suas propriedades por mais tempo”, explica a pesquisadora.

Benefícios do alecrim-pimenta:
  • O alecrim-pimenta possui uso comprovado na medicina popular, principalmente como antisséptico e antimicrobiano, sendo que suas folhas e flores constituem a parte medicinal desta planta. 
O óleo essencial das folhas do alecrim-pimenta também é atualmente usado por indústrias farmacêuticas, de perfumaria e cosméticos por suas propriedades antimicrobianas e aromáticas. O chá e a tintura diluída desta espécie são também usadas no tratamento de problemas de pele.
  • O alecrim-pimenta é composto de flavonoides, quinonas, triterpenos, lignanas, esteroides livres e glicosilados e ácidos orgânico. O óleo essencial de alecrim-pimenta possui elevado valor comercial, tendo o timol e o carvacrol como constituintes principais, os quais apresentam propriedades antisséptica, antimicrobiana, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória e larvicida.
O gênero Lippia possui cerca de 200 espécies de ervas, arbustos e pequenas árvores, que são naturais da América do Sul e Central. As espécies deste gênero se destacam pelo aroma forte e agradável e seu aspecto atrativo no período de floração. A espécie Lippia sidiodes faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
  • Testes com o extrato vegetal do alecrim-pimenta realizados pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, indicaram que a planta apresenta atividade inibitória de crescimento da bactéria Listeria monocytogenes, associada a listeriose. 
A doença pode causar várias síndromes como infecções, gastroenterites, sendo bastante prejudicial em pacientes imunodeprimidos, e em crianças, idosos e gestantes (podendo causar abortos). A transmissão ocorre, principalmente por meio do consumo de alimentos contaminados.
  • Dois produtos em forma de pó à base de alecrim-pimenta foram patenteados pela FCFRP da USP. Um dos produtos poderá ser usado em formulações de medicamentos e cosméticos, e o outro, na conservação de alimentos processados. 
Segundo a farmacêutica Luciana Pinto Fernandes, realizadora do trabalho, “o óleo essencial do alecrim-pimenta é muito volátil e evapora com facilidade, e acaba oxidando e decompondo-se com o passar do tempo, perdendo um pouco de suas propriedades. Quando encapsulado, ele se torna mais resistente e mantêm suas propriedades por mais tempo”, explica a pesquisadora¹.

Toxicologia : 
  • Gestantes. Em doses elevadas pode provocar irritações gastrintestinal, nefrite, intoxicação, aborto, irritações na pele. 
Não é recomendado para prostáticos e pessoas com diarréia. Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode induzir a toxicidade. A toxicidade do óleo é caracterizada por uma irritação do estômago e do intestino, por danos aos rins. 
  • Embora o óleo de alecrim é irritante à pele de coelhos, geralmente não é considerado ser um agente sensibilizante à pele humana. Existem pelo menos 3 relatos de casos de convulsões tóxicas associadas ao alecrim. As cetonas mono terpênicas da planta são potentes convulsantes com propriedades epileptogênicas conhecidas.
Precauções: 
  • Afeta o ciclo menstrual.
Efeitos colaterais:
As preparações que contêm o óleo essencial podem causar o eritema, e produtos cosméticos podem causar a dermatite em indivíduos sensíveis. Um exemplo de asma ocupacional causado pelo alecrim foi relatado. Fotossensibilização em uso tópico.
Superdosagem: 
  • Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos, e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode induzir à toxicidade.
Parte utilizada: 
  • Folhas, Flores, Óleo essencial.
Outros Usos:
  • Dores de cabeça, enxaqueca, esgotamento nervoso.
  • O alecrim pode aliviar rapidamente dores de cabeça causadas pelo excesso de trabalho e pela tensão nervosa.
  • Para dores de cabeça ligadas à tensão arterial, combine-o com tília (Tília spp.). Também pode ser útil nas enxaquecas.
  • Tonificante e antioxidante, o alecrim estimula a digestão e o fluxo do sangue pelo corpo, sendo útil para quem tem baixos níveis de energia, sobretudo se ligados a hipotensão ou falta de apetite.
  • E bom para quem não consegue ficar forte após uma doença prolongada ou devido a má digestão e circulação. Para melhores resultados, tome a tisana ou tintura de alecrim antes das refeições durante vários meses.
Aromaterapia:
  • O alecrim canforado pode ser usado para melhorar a memória, analgésico e expectorante, o alecrim cineoal e expectorante e analgésico, o alecrim verbenona é usado como anti-stress, descongestionante herpético e em má circulação, o óleo resina do alecrim é um antioxidante e regenerador do fígado. FCFRP produz patente com o antimicrobiano alecrim pimenta. Agência USP.
Utilização culinária:
  • Fresco (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça, carne de porco, salsichas, linguiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela. 
Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.

Utilização religiosa:
  • Em templos e igrejas, o alecrim é queimado como incenso desde a antiguidade. Na Igreja Ortodoxa grega, o seu óleo é utilizado até aos nossos dias, para unção. Nos cultos de religiões afro, como umbanda e candomblé, é utilizado em banhos e como incenso.
Propriedades farmacologias:
  • O alecrim é um agente antimicrobiano bem conhecido. As folhas moídas são usadas como um repelente natural e eficaz contra pulgas e carrapatos. O óleo de alecrim possui ações antibacteriana e antifungosa marcante e também exibe propriedades antivirais. 
A atividade contra bactérias inclui as espécies Peptococcus áureo, Staphylcoccus albus, Vibrio cholerae, Escherichia e Corynebacteria. Um estudo relata que o óleo de alecrim é mais ativo contra as bactérias gram-negativas(Pseudomonas) e gram-positivas (Lactobacillus) de "deterioração da carne"; 
  • O efeito do alecrim contra a Cândida albicans também foi descrito; Um outro relatório descreve a inibição de crescimento do Aspergillus parasiticus pelo óleo de alecrim; O alecrim é ineficaz no tratamento de lêndeas e piolhos; Vários relatórios avaliando os efeitos anticancerosos do alecrim estão disponíveis na literatura. O extrato induz a quinona redutase, uma enzima anti-carcinogênica. 
Outros mecanismos anticancerosos incluem os componentes polifenólicos do alecrim, que inibem a ativação metabólica dos pró-carcinógenos pelas enzimas de Fase l (P450), e a indução da via de desintoxicação causada pelas enzimas de Fase II (glutationa S-transferase); 
  • Resultados de estudos em animais: Suplementação dietética de 1 % de extrato de alecrim a animais de laboratório conduziu a uma diminuição de 47% na incidência de tumores mamários induzidos experimentalmente, quando comparados aos controles. Este extrato foi encontrado melhorar a atividade das enzimas que desintoxicam as substâncias reativas no fígado e no estômago dos camundongos. Os tumores de pele nos camundongos foram inibidos pela aplicação do extrato de alecrim à área. 
Outros estudos em animais mostraram uma inibição da síndrome do desconforto respiratório adulto em coelhos, redução da permeabilidade capilar e uma atividade antigonado-trófica em camundongos. O alecrim também inibe a ação uterotrópica do estradiol e da estrona em 35% a 50%, quando comparado com os controles.

Estudos clínicos: 
  • O alecrim também aumentou a desintoxicação de carcinógenos nas células epiteliais brônquicas humanas. O composto diterpênico encontrado no alecrim, ácido carnôsico, possui um forte efeito inibitório contra a enzima HlV-protease; 
Diversos estudos relatam as ações antioxidáveis do alecrim.O carnosol e o ácido carnôsico são responsáveis por mais de 90% da atividade antioxidante do extrato de alecrim. Ambos os compostos são potentes inibidores da peroxidação de lipídio e são ótimos sequestradores de radicais de peroxil. A atividade antioxidante depende diretamente da concentração de diterpenos como estes. 
  • Os antioxidantes do alecrim possuem uma atividade sequestradora de radicais menor do que aquela produzida pelos polifenóis do chá verde, porem apresentam um potencial maior do que a vitamina E; vários relatórios descreveram outras ações do alecrim, incluindo uma ação espasmolítica no músculo liso e cardíaco, alteração da ativação de complemento, efeitos hepáticos e imunológicos, além da aromaterapia para o tratamento da dor crônica. 
O alecrim também pode reverter dores de cabeça, reduzir o estresse, e ser beneficiai no tratamento da asma e da bronquite. A farmacologia do alecrim foi revisada.

Alecrim: cheio de qualidades terapêuticas. Revigorante, anti-reumático, diurético, digestivo, cicatrizante, sudação, combate às infecções e aos distúrbios.