sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Punica granatum - Romã

Punica granatum - Romã

  • A romã é uma infrutescência da romãzeira (Punica granatum), fruto vulgar no mediterrâneo oriental e médio oriente onde é tomado como aperitivo, sobremesa ou algumas vezes em bebida alcoólica. O seu interior é subdividido por finas películas, que formam pequenas sementes possuidoras de uma polpa comestível. 
É uma baláustia. É coberto por uma casca coreácea de cor castanho brilhante e contém suco de carmesim, em bolsa individuais, contendo cada uma grande semente.Segundo pesquisadores russos, a romãzeira provém da Grécia, Síria e Chipre e também centro do Oriente Próximo, que inclui o interior da Ásia Menor, a Transcaucásia, o Irã e as terras altas do Turcomenistão, junto com outras plantas frutíferas como a figueira, macieira, pereira, marmeleiro, cerejeira, amendoeira, avelaneira e castanheira.
  • A importância da romã é milenar, aparece nos textos bíblicos, está associada às paixões e à fecundidade. Os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois se acreditava em seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo quando sempre acreditam que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. 
Segundo a Bíblia, quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egito, os 12 espias que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová (Deus) prometera. Ela estaria presente nos jardins do Rei Salomão. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. Em Roma, a romã era considerada nas cerimônias e nos cultos como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
  • Os semitas a chamavam de rimmon; entre os árabes, era conhecida como rumman; mais tarde, os portugueses a chamaram de romã ou "roman". Na Idade Média, a romã era, frequentemente, considerada como um fruto cortês e sanguíneo, aparecendo também nos contos e fábulas de muitos países. Os povos árabes salientavam os poderes medicinais dos seus frutos e como alimento. Tanto a planta como o fruto têm sido utilizados em residências ou em banquetes pelo efeito decorativo das suas flores e dos seus frutos, além do seu uso como cerca viva e planta ornamental. 
A romã é originária do Oriente Médio e seu nome é derivado de rimmon e rumman, dos vocabulários semita e árabe, respectivamente. Assim como há diversas referências à diversas propriedades terapêuticas da romã, também são das mais variadas menções da romã na História. A romã é rodeada por muitos simbolismos: os textos bíblicos e os povos gregos a consideravam como símbolo do amor e da fertilidade, consagrando sua árvore à deusa Afrodite. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso, incluído no ritual do ano novo. Na mitologia iraniana, o fruto desejado da árvore sagrada é a romã e não a maçã. Em muitas culturas, nas cerimônias e nos cultos, a romã era considerada símbolo de ordem, riqueza e fecundidade. Uma antiga crença popular ainda resiste, sendo acreditado se se colocar três sementes de romã na carteira o “dinheiro nunca há de lhe faltar”. A espécie Punica granatum faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS).

Propriedades Químicas:
  • Contém alcalóides como a pelieterina e isopelieterina ; e os taninos gálicos
Alcalóides:
  • Alcalóides são compostos orgânicos heterocíclicos, que possuem um ou mais nitrogênios em seu esqueleto carbônico, possuem origem vegetal e são aplicados principalmente na produção de fármacos naturais.
Esses compostos sempre foram utilizados, principalmente na época dos alquimistas, obviamente eles não possuíam o domínio das fórmulas estruturais, mas por outro lado eles conheciam as propriedades e os atributos destes compostos, tanto é que o efeito medicinal do uso de plantas é devido a semelhança e a ação desses compostos com os que estão presentes no organismo em virtude de sua semelhança com proteínas e ácidos nucleicos.
  • Atualmente a pesquisa em torno desses compostos tem obtido resultados satisfatórios tanto na purificação e caracterização como na síntese. São compostos que apresentam características bastante peculiares são usados na fabricação de fármacos principalmente, porém existem alcalóides que são excelentes remédios e outros potentes venenos naturais capazes de matar em poucos segundos, os alcalóides são compostos complexos e abundantes na natureza.
Cientistas acreditam que a presença dos alcalóides nas plantas e na pele de alguns anfíbios funciona como mecanismo de defesa contra seus predadores, sistema de armazenamento de energia, proteção contra a intensidade dos raios UV, agente de desintoxicação e biosintese de biomoléculas vitais, tais como aminoácidos e proteínas. Os alcalóides estão presentes nas seguintes angiospermas Apocynaceae, Papaveraceae, Ranunculaceae, Rubiaceae, Solanaceae, Berberidácea, porém as pesquisas se dirigiram para a família Rutaceae, em virtude desta família de vegetais apresentar características importantes como a variedade de alcalóides de interesse.

Propriedades Físico-Químicas:

Os alcalóides são compostos que apresentam um comportamento alcalino, geralmente suas constantes de basicidade (pKb) giram em torno de 4,75 a 10,00. Reagem quimicamente com ácidos halogenídricos, formando sais cristalinos de coloração branca. Precipitam na presença de reagentes de Drangendorff, Mayer e Wagner, respectivamente, iodobismutato de potássio, iodeto de mercúrio e potássio e solução de iodo. São quantificados através da espectrometria, em função de seu esqueleto carbônico formado por ciclos, e tendem a absorver luz. As estruturas dos alcalóides podem derivar de estruturas como as de:
  • Piperidna e Piridina: são líquidos a temperatura ambiente, e apresentam um odor desagradável derivados das grandes cadeias de aminas. Os de piridina e/ou piridina são geralmente utilizados como antimicrobianos, inseticidas, sedativos, tratamento de tétano, entre essa classe de alcalóide está a nicotina;
  • Quinoleína e isoquineleína: esses alcalóides são utilizados no tratamento de malária, neoplasias de animais e humanos, são potentes agentes microbianos, em especial os Plasmodium. As plantas que possuem esse alcalóides são encontradas principalmente no continente asiático, não obstante algumas regiões do Brasil possuem esses vegetais. Quinoleína e isoquinoleína são resultantes da fusão dos anéis peridíneos por substituição eletrofílica;
  • Pirrolidina: são derivados do pirrol, na natureza existem poucos, compostos dessa classe em seu estado puro, apresenta grande importância bioquímica, em virtude de serem derivados do aminoácido prolina, esses compostos apresentam propriedades importantes entre elas a formação de complexos de coloração vermelha, laranja e violeta, um exemplo é a hemoglobina;
  • Indol: esses alcalóides são um dos mais numerosos que se tem conhecimento são conhecidos mais de 500 compostos dessa classe ultimamente, porém suas estruturas e propriedades são extremamente complexas eles são potentes agentes farmacológicos, derivam do triptofano nos organismos vegetais, onde são biosintetizados;
  • Imidazol: o derivado mais importante do imidazol é o aminoácido histidina, esses compostos são fármacos potentes, dando origem aos anti-histamínicos, quando de sua reação de descarboxilação, ou seja, a perda de um grupo carboxila, do aminoácido histidina forma a histamina;
  • Tropano: os denominados alcalóides do tropano formam uma classe de alucinógenos entre eles encontramos algumas drogas conhecidas como a cocaína, tropina e alguns sedativos e medicamentos contra a depressão são comumente obtidos a partir de sínteses catalíticas desses compostos, com outros alcalóides principalmente as piridinas e pirrolidinas.

A efedrina é um composto químico alcaloide

A efedrina é um composto químico cristalino, encontrada em certas plantas da família das efedráceas, dotados de folhas escamiformes, ramos delgados e articulados, e floração dióica, ou sintetizada, que possui mais de 40 espécies distribuídas em regiões de clima temperado e subtropical. É empregada como medicamento e também empregado em doping.

Propriedade medicinais:
  • A romã possui diversas propriedades terapêuticas. Acredita-se que o grande número de substâncias ativas da romã se deve ao fato de que em seu habitat nativo, teve que desenvolver meios de suportar o clima árido e às mudanças bruscas de temperatura. Os antioxidantes presentes na romã serviam para minimizar os danos causados pelo calor extremo durante o dia e frio durante a noite. Outro exemplo é a quantidade de gorduras em suas sementes, que facilitam a germinação em solos pouco receptivos.
Estudos mostraram que o consumo do suco de romã, rico em ácidos gálico e elágico, pode auxiliar na redução da pressão arterial e na prevenção de alguns problemas cardiovasculares como infarto e derrame ao reduzir os níveis de colesterol LDL, responsável pelo entupimento dos vasos sanguíneos. Dentre os constituintes do romã estão o manganês, vitamina B2, e vitamina C, elementos fundamentais para a vida e necessários no organismo humano em diversas funções, cuja escassez pode causar diversas enfermidades. O romã também é rico em antioxidantes que estimulam o aumento da circulação sangüínea nos órgãos genitais do homem, facilitando a ereção.
  • O chá feito com as folhas da romã é usado contra irritação nos olhos; o chá das cascas dos frutos por ser antimicrobiano auxilia no tratamento de infecções de garganta na forma de gargarejo, e se ingerido, é utilizado no combate às verminoses e apresenta atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Clostridium perfringens e o vírus Herpessimplex II (herpes genital). Já o chá das cascas da raiz da romãzeira é usado em casos de diarreias e disenterias crônicas por conter alcaloides que servem como adstringentes, que também são responsáveis pelos efeitos vermífugos.
Contra o câncer:
  • O consumo do suco de romã pode ajudar no combate ao câncer de próstata ao reduzir a quantidade de células cancerígenas e sua metástase, causando a morte celular e a adesão das células malignas umas às outras, impedindo que se movimentem para outras partes do corpo. Após cirurgia e retirada do tumor, o suco faz com que o PSA, marcador da doença, tenha seus níveis no sangue reduzidos. Para outros tipos de tumores, os ácidos gálico, elágico e protocatequínico da romã impedem a ação de moléculas que danificam a estrutura celular e desencadeiam o câncer; as antocianinas também tem comprovada atividade anticancerígena e os extratos da romã ajudam a diminuir o ritmo de divisão celular das células malignas.
Além do suco da romã, a fruta consumida naturalmente é muito popular. Também pode ser usada salpicada em saladas, molhos ou sobremesas, sempre evitando o calor excessivo pois este pode desativar seus compostos ativos. Uma receita simples para o suco de romã pode ser feita através da mistura de um chá composto por água, mel, canela e cravo fervidos e posteriormente colocados na geladeira. Após a mistura ficar gelada, deve-se misturar a este chá o suco retirado dos caroços da romã.

Clínica na odontologia:
  • Pereira et al. (2001) avaliaram in vitro a ação do extrato hidroalcoólico da P. granatum sobre microrganismos predominantes na placa bacteriana (biofilme) supragengival e potencialmente cariogênicas (S. mitis, S. mutans e S. sanguis). Todas as linhagens apresentaram-se sensíveis ao extrato. Vasconcelos et al. (2003) avaliaram a capacidade antifúngica de um gel contendo extrato de P. granatum na infecção por cândida associada à estomatite pelo uso de dentadura, comprovada em exames clínicos e microbiológicos. Concluíram que o extrato pode ser usado como agente antifúngico tópico.
Sastravaha et al. (2003) avaliaram extratos herbais no tratamento periodontal, incluindo o pericarpo da P. granatum. Sob a forma de chips biodegradáveis, os extratos foram colocados em bolsas periodontais e associados à raspagem e aplainamento radicular em pacientes adultos. No grupo com os extratos, obteve-se melhora na reparação tecidual.Salgado et al. (2006) estudaram in vivo a ação do gel de romã 10%, avaliando seu uso na formação da placa bacteriana supra gengival e gengivite, concluindo que o gel contendo extrato de romã não foi eficiente.

Atividade hipoglicêmica:
  • Pereira (1997) observou que o extrato etanólico do epicarpo da P. granatum age na inibição da absorção intestinal de glicose. A atividade hipoglicêmica observada não depende da liberação ou potencialização da insulina. O extrato interferiu na glicemia de ratos tratados com insulina e inibe a hiperglicemia em ratos tratados com aloxane. Jafri et al. (2000) estudaram o efeito de flores da P. granatum na redução do nível de glicose sanguínea em ratos normais e diabéticos. Os resultados mostraram que a administração oral do extrato aquoso-etanólico (50%, v/v) da planta reduziu a taxa de glicose sanguínea. O extrato da planta baixou o nível de glicose após 1 hora de administração e aumentaram a tolerância à glicose em ratos normais, inibindo a hiperglicemia.
Das et al. (2001) avaliaram a atividade hipoglicêmica de extrato metanólico da semente de P. granatum em ratos diabéticos induzidos por streptozocina, que causou, após 12 horas, redução significante nos níveis sanguíneos de glicose.

Atividade estrogênica:
  • Van Elswijk et al. (2004) com base no interesse pela ação dos estrógenos naturais na prevenção de várias doenças, incluindo o câncer, realizaram um trabalho buscando a identificação dos compostos presentes na romã, identificando três fitoestrógenos, ainda não reportados.
Mori-Okamoto et al. (2004) relataram que a romã apresenta fitoestrogênicos tais como estradiol, estriol e estrone, com atividade estrogênica em ratas.
Na administração do extrato do fruto ou das sementes, em ratas ovárioctomizadas, simulando menopausa, observaram a manutenção do peso uterino e metabolismo ósseo normal, pela diminuição da reabsorção, evidenciado pela análise histomorfométrica e radiográfica.

Outras atividades:
  • Das et al. (1999) evidenciaram a eficácia do extrato metanólico obtido de sementes de P. granatum no tratamento da diarréia, que nos países em desenvolvimento é doença grave, que pode levar a mortalidade e morbidade. O extrato da planta inibiu diversos modelos de diarréia em ratos. Ross et al. (2001) observaram em coelhos que a casca da fruta pulverizada administrada oralmente, em suspensão aquosa (100 mg kg-1), estimulava os componentes do sistema imune humoral mediado por células. Os resultados evidenciaram aumento na concentração de anticorpo contra antígeno tifóide-H e aumento da inibição da migração leucocitária.
Murthy et al. (2004) observaram morfologicamente que a aplicação do gel contendo extrato metanólico da casca da romã seca na cicatrização dérmica de ratos, acelerava a reparação em cerca de 7 dias em relação ao grupo controle.

Toxidade e alergia:
  • Fontenele et al. (1988) avaliaram a toxidade de nove plantas medicinais na atividade antibiótica da sobrevivência do microcrustáceo Artemia salina Leach. A P. granatum, sob a forma de extrato aquoso da casca do fruto, levou a morte total das artêmias, sugerindo que a concentração inibitória mínima (CIM) estava acima da concentração letal média (LC50).
Gaig et al. (1992) avaliaram uma criança asmática de 7 anos de idade que, momentos depois da ingestão de grande quantidade de sementes de romã, apresentou um quadro clínico de broncoespasmo e respondeu positivamente ao tratamento pela inalação de salbutamol. Testes cutâneos evidenciaram que se tratava de um caso de alergia a P. granatum.
  • Gaig et al. (1999) publicaram três casos de pacientes que apresentaram alergia a P. granatum. Detectaram a presença de uma proteína de baixo peso molecular (29 KdA) que se ligava a IgE, presente no soro dos três pacientes.
Tripathi & Singh (2000) demonstraram que a o extrato etanólico da casca de P. granatum é fonte potencial de moluscocida botânico. A casca e o tronco da P. granatum contém inúmeros alcalóides pertencentes ao grupo da piridina, que são os responsáveis pela sua atividade moluscocida.
  • Cerda et al. (2003) promoveram a administração oral sucessiva de altas doses de elagitanina punicalagina, um dos princípios ativo de romã, em ratos por 37 dias. Os resultados mostraram a ausência de efeitos tóxicos no período. Vidal et al. (2003) estudaram a toxicidade dos extratos hidroalcoólicos da romã, ministrado em embriões de pintos. Concluíram que os efeitos tóxicos dos extratos de P. granatum ocorrem em doses mais elevadas do que as consideradas para determinar a atividade antiviral utilizadas.
Contraindicações:
  • As partes medicinais utilizadas da romã são as sementes e cascas da infrutescência (fruto), tronco e raiz. Devem ser utilizadas com precaução, pois há relatos de intoxicações devido à alta concentração de alcaloides e à possível complexação destes com os taninos das raízes. Podem inclusive servir de veneno espasmódico, que pode levar a paralisia central generalizada. Os primeiros sintomas de uma intoxicação são alterações visuais, vertigens e vômitos.
Cultivo e Comércio:
  • São famosas as romãs da Provença, de Malta, da Espanha, da Itália. O seu cultivo é realizado em mais de 100 países do mundo. Dos países do Mediterrâneo, atravessou o Atlântico e acabou aportando no Brasil. Neste país a planta encontrou todas as condições favoráveis para um crescimento vegetativo, florescimento, frutificação e produção de frutos de primeira qualidade. O seu maior interesse no mundo está no seu cultivo para o consumo como fruta fresca. Também tem a sua aplicação em clínicas especializadas no campo da medicina moderna e para receitas especializadas.
A Espanha é um dos mais importantes países produtores do mundo e o maior produtor e exportador do mercado comum europeu. A Turquia, com 60 000 toneladas, e a Tunísia, com 55 000 toneladas, são grandes produtores mundiais, mas, nestes dois países, existe um sistema de cultivo menos intensivo e menos especializado quando comparado com o cultivo na Espanha, e uma rede de comercialização pouco desenvolvida, com apenas 2 a 7% de exportação da sua produção total.
  • Tradicionalmente, o Reino Unido tem sido o principal comprador de romã da Espanha, com os seus frutos destinando-se fundamentalmente ao consumo ao natural e especialmente nas zonas de mineração da Inglaterra, devido às suas propriedades benéficas frente à contaminação de metais pesados.
Entre os principais países importadores, estava, em primeiro luga,r a Inglaterra, que absorvia os frutos de calibres pequenos; em segundo lugar, a França, que queria os frutos de grande calibre; e, em terceiro lugar, a Itália, que, nos últimos anos, estava aumentando muito a quantidade importada de romãs da Espanha. Em quarta posição, encontram-se os países árabes, que aceitavam frutos de qualidade um pouco inferior e que representam muito para a Espanha para poder descongestionar o resto dos mercados e evitar uma oferta excessiva de frutos.

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